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Albino Forquilha “dá aula de patriotismo e defesa da justiça” a Bernardino Rafael 2024

 


No dia 31 de  outubro de 2024, na capital moçambicana, Maputo, ocorreu um significativo encontro entre o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, e o Presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha. Este encontro, que tinha a intenção de dissuadir os membros do PODEMOS de continuarem suas manifestações, acabou se transformando em uma oportunidade para Forquilha expor as suas considerações sobre a situação política e a defesa da justiça social. 


Em uma abordagem serena porém contundente, Forquilha declarou, na presença de Bernardino Rafael, que “a nossa luta também visa melhorar a vossa vida”, salientando que as condições nas esquadras policiais são precárias, com afirmações como a falta de máquinas de datilografar nas mesmas, o que, segundo ele, é inaceitável. Para ilustrar a continuidade da luta pela justiça e pelos direitos dos cidadãos, Forquilha evocou os momentos históricos de 1960 e 1964, quando os jovens de então proclamaram


Mesmo diante da insistência de Bernardino Rafael, que sugeriu a interrupção das manifestações, Forquilha reafirmou que o PODEMOS “não pauta pela violência, mas sim pela justiça e paz,” e afirmou que eventos como os que ocorreram em Mecanhelas, onde houve confronto entre membros de partidos diferentes, não seriam tolerados pela sua agremiação. Assim, a reunião, ao contrário do esperado, se tornou um espaço de afirmação da intenção do PODEMOS em continuar a exigir a verdade eleitoral de forma pacífica e organizada, avançando com a informação de que o seu partido reivindica o direito a mais de 138 assentos no parlamento, contradizendo a posição de Rafael, que se referiu apenas a “alguns assentos”. 


Em um novo arco da conversa, Bernardino Rafael lançou mão de uma retórica emotiva, tentando criar um clima de discórdia em relação às declarações metafóricas de Venâncio Mondlane sobre um movimento popular do norte e do centro em direção à cidade de Maputo, previsto para o dia 07 de novembro, interpretando tal mobilização como uma ameaça à soberania nacional. No entanto, nas entrelinhas de sua argumentação, Forquilha apontou que a resolução da situação está nas mãos do Conselho Constitucional (CC), que possui a autoridade suprema para decidir sobre as reivindicações de uma juventude que já perdeu a fé nas instituições eleitorais do país. 


Não obstante, o líder do PODEMOS reafirmou o compromisso de seu partido em manter as manifestações pacíficas, destacando a disposição de cooperar com a polícia para identificar e afastar quaisquer elementos infiltrados que possam desvirtuar as pautas de ordem e justiça. Ele enfatizou a necessidade de que a polícia atue de maneira republicana, respeitando os direitos de todos os cidadãos que legítima e pacificamente clamam por justiça eleitoral. Portanto, a reunião não apenas reforçou a posição de Forquilha e do PODEMOS em relação às injustiças eleitorais, mas também surgiu como um ponto nevrálgico de discussão sobre os direitos cívicos e a importância de um diálogo construtivo entre as forças de ordem e a sociedade civil.

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